EXO’s Chen faz seu primeiro comeback e deixa nosso coração ainda mais quentinho
Pensei muito antes de escrever essa review faixa-a-faxia do álbum do CHEN, pois como sou fã do trabalho do EXO, grupo que ele faz parte, seria mais um amontoado de adjetivos de como ele é maravilhoso. Contudo, CHEN é tão cuidadoso em seu trabalho solo que até mesmo o mais remoto leitor ou ouvinte de música, independente do gênero, deveria conhecer o seu trabalho.
Apesar de não curtir muito a expressão “ele é além do kpop”, com o CHEN podemos usá-la com propriedade. O cantor, que é conhecido na comunidade kpopeira como um dos vocais principais do EXO, apresenta um trabalho solo totalmente divergente do seu grupo de origem. Com a proposta de ser a música pela música, suas apresentações são minimalistas e entregam um lado mais íntimo sem os exageros do kpop. CHEN é mais um artista sul-coreano que vale a pena conhecer por ele mesmo e saber que a cena musical de lá vai além dos MV’s super bem produzidos, coreografias arrepiantes e músicas que misturam diferentes sons.
1. Shall we?
Os primeiros acordes de trompete já dão o tom de nostalgia que todo o arranjo nos transporta. O vocal doce do Chen, contido em relação às high notes, pelo qual ele é super conhecido, aquece o coração do ouvinte. A viagem aos anos 1980 é bem executada e ao mesmo tempo temos plena consciência que a doçura da canção é atemporal, pois funciona como um recordar de bons momentos.
2. My dear
O solo de guitarra que introduz a canção é tão lindo e evocam sons de outono. Até imagino aquela cena bem clichê: sentada na janela com uma xícara de chá quentinho em mãos, enquanto observa a chuva cair. Uma balada pop bem arranjada e com todos os instrumentos ali: guitarra, bateria suave, piano (ouso dizer que é um rhodes) e violão. Uma perfeita base acústica. Um sonho de música. Os vocais do Chen estão muito bem colocados e apresentam-se como um instrumento a mais. Outro ponto a se colocar, logo nesse comecinho da audição do mini álbum, são os backing vocals — uma beleza a parte.
3. Amaranth
Voz e violão. O que precisamos mais? Só curtir.
Mais uma canção de base bem acústica. Porém, não soa repetitiva. Ela atende justamente um pedido dos fãs que queriam uma canção pop com um arranjo bem cuidado, divisões, vocal e instrumental. Quem conhece a station ‘Byebye babe’, sabe do que estamos falando, ou melhor do que o fãs estavam sedentos. Fácil, fácil, uma das queridinhas dos fãs. Fora essas questões mais particulares de quem já conhece o trabalho do Chen, a canção é uma ótima pedida para a playlist de qualquer pessoa que curte um pop suave.
Olha só que fofura, Chen cantando com as fãs durante o fansign ❤
Uma linda canção de sonoridade ‘jazzistica’. O piano e a percussão dão o espaço preciso para a voz doce brincar.
6. Good night
Assim como o título indica, a música se mostra como uma linda canção de ninar.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
O álbum “Dear, my dear” cria uma atmosfera muito agradável quando se está ouvindo. O clima muda. É possível o dia virar noite. Até mesmo esquecer que estamos no trabalho ou no transporte. Tudo se transforma.
Outro ponto que vale a pena ressaltar: a EXCELENTE transição entre as faixas. Algo que, particularmente, chama a minha atenção quando estou ouvindo qualquer álbum. Sempre observo a transição das canções e como ela pode influenciar o consumo do álbum na sua integralidade. Até para apresentar uma mistura de ritmos é preciso ter coerência na organização da tracklist. Ela deve fazer sentido e o conceito do álbum vá além de um videoclipe bem dirigido ou uma bela fotografia do layout da embalagem. Pelo que vi das fotos, o projeto gráfico do álbum é lindo e acompanha o mesmo clima nostálgico, acústico e outonal das canções. O conceito deve ser entendido e significar-se no contexto da obra. O mini álbum é muito feliz nesse sentido.
Nota: 10/10
Gosta de reviews faixa a faixa? Confira essa aqui do excelente álbum do AKMU.
P.S.: Em tempo, aqui não é um blog exclusivo de kpop ou música. Porém, a pessoa que vos escreve ama ouvir música. É mais que um hobby ou passatempo. Ouvir música é tipo leitura. A cada audição, uma nova descoberta, um novo universo. Sempre procurarei trazer uma análise que preze o respeito por quem está lendo, pelo artista e seu público. Caso, algum álbum muito hypado apareça e não goste tanto assim, as possibilidades são bem mínimas de ter um texto sobre por aqui. Salvo o caso, de ser um grupo/artista que goste muito e, assim, tenha bagagem suficiente para criticá-lo enquanto público seu.