Mulan entrega força e coragem em filme épico (em todos os sentidos)!

Chocolatte com café
4 min readSep 6, 2020

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Mulan, enfim, chegou às telas e os fãs de filmes dos Studios Disney estão eufóricos. Uma das estreias mais aguardadas de 2020, infelizmente, foi ‘cancelada’ devido a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus. Porém, a Disney fez do limão uma limonada e lançou o filme diretamente em sua plataforma de streaming com qualidade IMPECÁVEL. (Se cuida, Netflix!)

A animação de 1998 é conhecida e amada pelo grande público. Em plenos anos 90, Mulan quebrou paradigmas de gênero e ensinou os espectadores sobre empoderamento feminino. As crianças cresceram e ainda guardam a lição da princesa/guerreira asiática. Não atoa, Mulan é sempre lembrada quando se fala de personagens inspiradores.

O filme chegou nesta sexta (04/09) na plataforma Disney+, disponível em alguns países, e com possível estreia no Brasil em novembro. Mas estamos falando de um público confinado (ou espera-se que estejam evitando o máximo sair de casa) e carente de programação inédita. Ainda na sexta, milhares de links corriam na rede.

Como parte desse público, eis aqui minhas impressões [SURTO] sobre o filme. O texto está dividido em dois momentos: NARRATIVA x TRILHA SONORA (porque é o que mais faço aqui é escrever sobre música).

NARRATIVA

Esqueça toda a polêmica que envolveu a produção do filme. Esqueceu? Pronto! Após assistir o filme só me resta levantar do sofá e aplaudir o belíssimo live action entregue pela Disney. Se lá no final dos anos 1990 comentava-se sobre a forma superficial e até mesmo fantasiosa sobre o Império Chinês, nesta nova versão temos O GRANDE IMPÉRIO DA CHINA. Grandioso, imponente, colorido, rico e valores inabaláveis.

A ambientação, figurino e fotografia enchem os olhos. As lutas coreografadas fazem o fã dos filmes épicos chineses chorar de emoção. Estão todas lá. Vale ressaltar o uso da cor VERMELHO ao longo do filme que reforça o lema de Mulan: LEALDADE — CORAGEM — VERDADE. A ‘túnica’ vermelha que Mulan usa é sua capa para esconder seus atributos corporais femininos, como também representa a exposição da sua força. Ao deixar cair a armadura, o vermelho explode. É esvoaçante. Livre. Como deve ser a alma de Hua Mulan.

Claramente divido em 04 atos, o filme poderia ter facilmente 03h de duração. O que torna alguns plots muito corridos, mas não tiram o brilho do filme. A estrutura narrativa valoriza a lenda de Mulan. Torna-a verossímil e inspiradora para todos que a conhecem — principalmente para o público que cresceu e ganhou um plus de encorajamento da personagem, agora, mais ‘madura’.

Mulan não é um filme nostálgico ou um remake. Sim, uma releitura da lenda chinesa. A Disney nos presenteou com um filme épico chinês com frases inspiradoras, lutas de tirar o fôlego, ‘chi’, seres fantásticos e personagens sem um arquétipo definido. A personagem Xianniang é o grande presente do filme. Ela e Mulan são a representação do Yin-Yang. Duas forças opostas que em equilíbrio trazem o resultado esperado.

Inspirador e cheio de elementos que despertam no espectador uma vontade de seguir em frente, Mulan é o que a gente precisa assistir neste ano tão conturbado.

TRILHA SONORA

Reflection é uma das canções mais lindas dos filmes da Disney. Na versão animada, a música tema da protagonista conta com as impecáveis versões da Christina Aguilera e Lea Salonga (voz de muitas princesas e eterna Miss Saigon). Particularmente, não consigo escolher qual a é a minha favorita. Enquanto Aguilera traz a força com o seu tom grave, Lea nos emociona com uma crescente interpretação da jovem Mulan descobrindo quem realmente é.

A Lea é filipina, vencedora do Tony (prêmio máximo do teatro nos EUA/equivalente ao Oscar) e também deu voz a Jasmine na inesquecível “Whole new world”. O vídeo é de uma apresentação durante a D23 em 2011.

Para o live-action, Christina Aguilera dá voz a nova “Loyal, Brave and True” que exalta os valores da heroína e ‘Reflection’ ganha força como música incidental em vários momentos do longa.

Durante divulgação do filme, na semana da estreia, a conhecida trilha foi apresentada ao público com um novo arranjo. Ainda emotiva, porém com uma percussão que dita um clima de guerra. A nova ‘Reflection’ é o elo que une os dois filmes: animação e live action.

Recomendo demais dar um passeio pelas versões da música em diferentes idiomas. Inclusive, a versão em mandarim é para morrer de amor. A atriz Yifei Liu (intérprete de Mulan) e a cantora Coco Lee (natural de Hong Kong) encantam, cada uma a sua maneira, ao dar voz à clássica canção.

Em tempo, é importante lembrar que algumas das intérpretes da versão original, como Christina Aguilera, voltaram no remake como responsáveis para defender a trilha mais uma vez. Caso de Coco Lee e Sandy (aqui no Brasil). Mesmo sem lançamento oficial em solo brasileiro, a presença da cantora em “Lealdade Coragem Verdade” foi confirmada tanto pela imprensa em meados de Julho, como pelo público que logo identificou a voz nos créditos da versão dublada disponível no Disney+.

BÔNUS

Como aqui kpop é assunto praticamente regular, na Coreia do Sul a versão de ‘Reflection’ ficou com a Suhyun (duo AKMU). Conhecida pelo público por seus famosos medleys das trilhas dos filmes Disney em seus shows, foi uma imensa alegria saber que ela ganhou essa rica oportunidade de ter a sua própria versão oficial de uma soundtrack tão especial. Confira no vídeo abaixo a performance:

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Written by Chocolatte com café

Por aqui pretendo escrever sobre o que leio (livros e hqs), vejo (filmes, animações e kdramas) e ouço (muita música com um gosto eclético). Eu, Irla Costa.

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